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27 de outubro de 2013

Primeiras palavras

Fui ao hospital, com medo claro. Hoje, mãe de dois filhos, já adultos por sinal, 53 anos, cabelos brancos e uma vida cheia de marcas. O que eu estava fazendo? Por que estava retornando para parte do meu passado? O que eu iria falar? Quando o vi ali, imóvel, rugas revelavam o tempo que passou...quanto silêncio entre nós. E agora ali: face a face. Ele estendeu  uma das mãos e segurou a minha, sua fala era baixa e as mãos estavam trêmulas. Então quase engulindo as palavras ele disse: - Me perdoe! Lágrimas brotaram em meu rosto, por trinta anos esperei por essas palavras. Essas primeiras palavras de muitas que estariam por vir. E naquele momento pude ver em seu olhar: que le não havia morrido, estava adormecido, fraco, mas despertou, como se houvesse renascido: o nosso amor.

Continuação do texto(Des )encontros

Um comentário:

  1. Esses amores que só adormecem são os que mais machucam. A gente vê a vida passar, segue adiante, desenrola as rotinas e muda de trajeto. Daí um dia vem os fantasmas do passado trazendo todo esse amor que parecia morto a tona. Dolorido demais =\

    www.fernandaprobst.com.br

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